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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vento artista

Rasga no horizonte
Ventilando esse beijo
Com textura de longe
Vejo-me assim monte

Há o feliz desespero
Agarrado na ânsia
Que toma o abraço
Da minha estância

Criaria aquela arte
Com felicidade e cor
Matiz da aspiração
Um corpo de amor

Cura de veleidades
Que exortam dor
Essa tinta infinita
Pintou esse sabor


No banquinho

Aqui ouço a canção
Que tocas para mim
Abocanha meu coração
Assuma sua voz assim

Gosto dos seus shows
Exclusivos de alma
Letras que são talento
Juntas ao instrumento

Tiete o do meu prazer
Vem trazer emoção
Das vezes gravadas
De tanta perfeição

Quero a sinfonia
Da partitura que sei ler
Essa que você compôs
Dois sabem por quê


Achando o seu fluxo

Na menor energia existe
O equilíbrio de se estar
Objetivo mor amar
Existir é imaginar

Em sonho alto há passos
Os pequenos são os percalços
Para sorriso sentir
Vem viver é bonito aqui

Grandezas que se sente
Quando pensamos na gente
Seguindo essas águas
Que de tão nossas se vão

O curso é sim este
Conduz ao palacete
Onde pousamos os sonhos
E nos meandros confia-se


sábado, 11 de junho de 2011

Além Mar

Cheia ofusca no céu
Soprando o seu brilho
Marolando alegrias
Dos dias que ainda virão

Comichão de tempestade
O balanço ocupa não tarde
As serenas marés
De navegante pensar

Tateia o seu refúgio
Assim delicado e bonito
Que o marujo na proa
Observou com o seu capitão

Brisa só sobrou
Um oxigênio sentido
Dos ventos emoldurados
Que o luar criou


Camisa Xadrez

Veste o mês de fogueira
De fogos e luz
Vemos os quadrados de encanto
Textura de barracas gostosas

Sua de tanto dançar
Molhando a quadrilha
Que no floreio arrancam
Os já quase soltos botões

Na pele pano humilde
Que toca a sua história
Macia e sertaneja
E com terra nas mangas

É alisada para a festança
Colocam-se os vincos
Porque já começou
E é xadrez a cor


domingo, 5 de junho de 2011

Resenha da saudade


Lembrança viva da felicidade
Como é grande a saudade
Arrebata meu pensar
Chega em inestimáveis desejos

Cadê as suas palmas
Minutos são semanas incontáveis
Incontrolável sensação que tranca
Na prisão erguida na alma

Avião voa até o mar
Lugar do nado, do sonho
Que dois sentem suponho
Impulso para a viagem

Lá no peito ele avisa
Me estimula sem por quê
Não, não pode demorar
Preciso da brisa já


Festejo

Presente são pessoas
Encarrega-se o acaso
De trazê-las até a gente
Pelo já senil tempo

Vem à tona o sentido
Refeito de paixões
Sóbrias sensações
Que vazios preenchem

Comemora se diverte
Na pista de teste
Por medo do erro
Temido pelo grego

Revolução que agita
Pra escolha de sorrisos
Sempre ajustados nos
Leitos das amizades