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sábado, 22 de janeiro de 2011

Adventício

Sendo estranhos atrás do vento
Fingir ser indiferente é sofrer
Seguros no abismo das memórias
O sempre se apaga

A cada instante muda-se
O tom que gostaria de ouvir
Quem disse verdades nuas
Da mentira quer fugir

Viajar até onde há brilho
Quando sorriu para mim
À presença do distante
Fragmentado agora

Transcende sentimento palpável
Sem achar cisco nos globos
Pareço controlar o vídeo
Expectador dessa celebração


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mudando de Tempo

O tempo passa devagar
Espremendo as horas na cabeça
Fazendo a sensação de viver parar
Instante mágico fica póstumo


Realçando as maneiras mais despojadas
Para defender-se do desconhecido novo
No ritmo que o coração orquestra
Às vezes parece não mais rodar os ponteiros


Prostamento! Faço o possível diante
No mais tardar da ignorância
Esperança rebola sutilmente
Insinuando querer brigar comigo...


Inevitável é quebrar a inércia
Sem seguir depressa
Vai desprevenido pelo roteiro
Dispensado antes não sei por quê

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ânsia de estar feliz

Procurar por conforto
Alívio imediato
Sem ter preparado
Terreno adubado

Gigantea-se no corpo
Desejo
Trás o lampejo
Que furta a razão

Transtorna o ego
Faz não sentir
Tranquilidade de existir
Inquietação doida

Acende os contornos
Do que nos espera
Esperar...
Então se joga naquilo

Faça melhor
Perpasse por si
Vasculhe o nada
Felicidade está ali

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Difícil Prelo



Amor que me atingiu
Briga agora comigo
Recai sobre mim martírios
Desanda meus sonhos

Com isso aprendo a defender-me
Desse doce e fugaz desejo
Que me atrai como correnteza pluvial
Todavia sei nadar

Não será fácil vencê-lo!
Minhas mãos não ousam
Espada tocar
Faz o que quer
É eminente a desistência

O amor idem
Não consome energias
Esgota-se por si
Incapacitou sua ação

Decanta nas veias
Espera movimento
Quem perde a contenda
História nega contar

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Reivindicando o que não é possível

Triste pensar assim
Que na vida é só acreditar
Acreditei não deu
Precisa mais...

Ter perspicácia, humildade e coragem
Não fugir da conversa
Nem precisa ter pressa
Esperar às vezes é melhor
Tanto...

Dá-me uma vontade, mas não é comigo
E com você
Enganar quem nutre
Peverso!

E a chance? Hum...
Possibilidade somente
Influente
É tão vasto
Nado e não acho
Oxigênio.

Quero, quero, quero.
Desejo mordido
O canino perfurou
Melhor se ajudar
Futuro...

Poema

Falsas expectativas

Pensei estar aqui sorrindo
Mas não estava
Acreditei que pudesse me juntar
Mas me perdi
Fiquei atônito, não pude reagir

Deitei e refleti... Descobri!
Não era... Foi
Passado piegas? Insensato?
Seu tolo... Vai
Não merecia

Adiantou tanto
Pranto...
Não queria assim
Não dependia de mim
Instante!

Queria estar. Estava?
Não sei;
E agora?
O profundo vem...
Distante agora

Vem me dizer!
Contentar-me mais uma vez
Preciso.

Washington Pires

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ousar Lutar, Ousar Vencer!



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Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome”

LIBERDADE, de Carlos Marighella.
São Paulo, Presídio Especial, 1939.

Degradação ambiental e os seres humanos

Como participantes de um sistema natural único as mudanças físicas com as construções das cidades e a concentrações de dejetos e poluição nestas localidades são condicionantes problema ambiental que se conecta numa dimensão global.
No caso o nível de desenvolvimento humano e a classe social interferem na intensidade de ações danosas devido à falta de estrutura capaz de se destinar de maneira adequada os materiais descartados no meio ambiente. Em favelas e habitações marginalizadas da atenção política a degradação do solo e do lençol freático é notória.
E claro o simples fato de se ter uma aglomeração de qualquer extrato social (com grandes disparidades como no caso das grandes metrópoles), cria uma condição de poluição que o meio ambiente não é capaz de absorver sem que se tenham grandes impactos no seu equilíbrio.
Os mecanismos para que o público preocupado com essas questões possa causar algum tipo de mudança, são as que interferem nas tomadas de decisões das políticas governamentais. Temos como principal ferramenta para isso os Conselhos que são o espaço para a discussão das melhores atitudes diante dos atores da problemática chegando a alguns planos que então são encaminhados para a deliberação burocrática de aceitação.
Considero este mecanismo um pouco incipiente na fremente necessidade que temos de participar ativamente das questões que vão apresentar alternativas que interferem em como vamos interagir com o no ambiente natural e social para que se possa ter um desenvolvimento digamos “saudável”.
Temos aqui no Brasil outra dificuldade que é a ocupação de áreas indevidas. Locais onde deveriam estar resguardados por serem importantes para recargas dos aqüíferos ou por abrigarem uma biodiversidade importante passam a acolher pessoas humildes que, por falta de opção, se vêm obrigadas a invadir esses espaços. Os governos não têm realizado um trabalho preventivo que contivesse esse tipo de situação para tomar medidas paliativas depois que as famílias já estão estaladas e contribuindo ainda mais para a emissão de poluentes.
A cidadania verde deve estar pautada não somente na mudança individual de seguir uma orientação mais ecológica e sustentável, mas também de integrar as tomadas de decisão que são capazes de realizar as mudanças efetivas que propiciem uma relação mais amistosa com a natureza. Por que somente com a participação da maioria se pode pensar em algo significativo, já que o problema chega hoje a ser internacional não podemos fechar nossos olhos para isso.
O homem deve deixar a concepção da natureza como uma ferramenta sua e como tal pode ser utilizada como ele bem entende. Devemos gerir muito bem o que a natureza tem a nos oferecer de modo a se ter o menor desgaste possível porque os danos costumam ser irreversíveis.

Alguém como você


Não quero alguém que me faça sorrir sempre, basta não me fazer chorar
Não quero alguém que me dê motivo pra fugir, quero alguém que me convença a ficar
Não quero alguém que me dê presentes, quero alguém que se a dê a mim de verdade
Não quero alguém sem dúvidas, quero alguém com a única certeza de que merece ser feliz
Não quero alguém com dinheiro, mas alguém que me faça sentir feliz mesmo andando de ônibus
Não quero alguém sofisticado, quero alguém com a simplicidade de um sorriso
Não quero alguém bonito, quero alguém que não me faça precisar apelar para a beleza física como razão para amar
Não quero alguém perfeito, quero alguém que complete os meus defeitos
Não quero alguém que me ame tanto quanto eu o amo, é suficiente que me permita amar
Não quero alguém sem problemas, quero que juntos sejamos a solução
Não quero alguém vazio, quero alguém com a alma linda e repleta de botões, que eu ainda espero desabrochar
Quero alguém que me ensine a não usar tantos "que"
Mas se for para me procurar só quando precisar, peço apenas que precise de mim a todo momento
Não quero qualquer um, quero alguém como você
Não sei nem se é porque você realmente é isso tudo, mas é assim que você me fez te ver
Quem sabe um dia você possa se ver com os meus olhos e saber o quanto é amado, amado por ser alguém, alguém como você...

                                                                                                                                       Autor anônimo